Plano de Negócios https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br da ideia à realização Mon, 26 Aug 2019 18:32:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Gigantes do delivery divergem em apostas bilionárias sobre futuro dos apps https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/gigantes-do-delivery-fazem-apostas-bilionarias-em-sentido-oposto-sobre-futuro-dos-apps/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/gigantes-do-delivery-fazem-apostas-bilionarias-em-sentido-oposto-sobre-futuro-dos-apps/#respond Fri, 12 Jul 2019 15:00:30 +0000 https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/knapp-320x213.jpg https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1506 Em uma corrida bilionária pelo mercado de delivery no Brasil, a colombiana Rappi e a Movile se colocam em polos opostos em suas apostas sobre o futuro dos aplicativos.

Inspirada no modelo que fez sucesso no mercado chinês, a Rappi quer se tornar um “superapp”.

O título, criado para denominar fenômenos como o chinês WeChat, é dado para aqueles aplicativos que reúnem em um só lugar uma infinidade de funções, como envio de mensagens, operações financeiras, contratação de serviços e compra de produtos.

A startup chegou no Brasil em 2017 e anunciou em abril ter recebido um investimento de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,1 bilhões) do grupo japonês Softbank.

Seu serviço começou tendo como principal foco a venda online de produtos, incluindo refeições, itens de farmácia e supermercados, com entregas feitas por motoboys autônomos.

Neste ano o aplicativo incluiu uma série de novas funções. A variedade vai da contratação de uma manicure até alugar um apartamento, passando pela reserva de patinetes na rua e carteira virtual que permite pagar refeições via QR Code (código formado por quadrados que é escaneado pela câmera do celular)..

A maior parte delas vem sendo trazidas para o aplicativo a partir de parcerias com outras empresas, boa parte delas startups, como GetNinjas (serviços gerais), Singu (estética) e Grow (mobilidade).

A companhia também anunciou no final de junho que vai oferecer cartões pré-pagos para consumidores, o que pode ampliar o uso de sua carteira virtual.
Segundo Fernando Vilela, diretor de crescimento da startup, a estratégia de parcerias permite que as duas empresas envolvidas ganhem. a Rappi por aumentar a gama de serviços oferecidos e a outra empresa por ter mais um canal de vendas.

Para o consumidor, o superapp simplifica as coisas, diz.

“Você dificilmente terá ao mesmo tempo um aplicativo de restaurante, um de passeio de cachorro, um de diarista, um de carteira digital, outro de delivery de supermercado e outro de patinete.”

Sua principal competidora, a Movile, é uma holding que controla uma série de aplicativos, como iFood (comida), Sympla (ingressos), Wavy (envio de mensagens por empresas) e Superplayer (música).

Helisson Lemos, diretor de operações da Movile, diz que a abordagem escolhida pela empresa, de ter cada serviço especializado em uma atividade, em contraposição a do superapp permite olhar cada área de atuação com mais atenção.

Por outro lado, mesmo sem unir todos os serviços em um aplicativo só, existem muitas sinergias entre os negócios do grupo que fortalecem a todos, diz Lemos.

“Acreditamos mais em uma visão de ecossistema, de negócios independentes, mas com produtos que aproveitam sinergias entre eles”, diz.

Como exemplo, ele cita o uso do serviço da Zoop, empresa investida pelo grupo que fornece tecnologia para pagamentos, por vários de seus aplicativos e a criação neste ano de uma carteira digital, para a qual o cliente pode transferir dinheiro para pagar por serviços nos aplicativos da Movile.

O iFood recebeu US$ 500 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) em investimentos no final de 2018.

Além das duas empresas de tecnologia, o Grupo Pão de Açúcar também decidiu entrar na mesma disputa, ao adquirir a startup James Delivery, de compra e entrega de produtos via motoboy em outubro de 2018.

Antonio Salvador, diretor executivo de transformação Digital do GPA, diz que a incorporação do aplicativo permite à rede se adequar ao modo como parte de seus clientes gostam de comprar.

Segundo ele, ter o aplicativo dentro da empresa favorece uma integração maior entre os mercados e o serviço da startup do que no caso de seus rivais.

O Pão de Açúcar já teve a Rappi como parceira, antes do James. Segundo Salvador, como agora há a maior integração entre os sistemas, e o mercado está mais maduro para entregas do tipo, os resultados estão sendo o dobro dos obtidos com a parceira anterior.

 

“Supermercado é um ambiente muito desafiador. Queremos ter a maior integração possível, melhorando a gestão do estoque, facilitando a passagem do entregador pela loja”, diz.

Assim como a Rappi, o James espera ampliar suas funcionalidades a partir de parcerias para se tornar um superapp, diz Lucas Ceschin, fundador da startup.

 

 

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Inteligência artificial faz startup de carros compartilhados zerar fraudes https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/05/20/inteligencia-artificial-faz-startup-de-carros-compartilhados-eliminar-perdas-por-fraudes/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/05/20/inteligencia-artificial-faz-startup-de-carros-compartilhados-eliminar-perdas-por-fraudes/#respond Mon, 20 May 2019 14:17:22 +0000 https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/Crédito_Lucas-matuda-320x213.jpg https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1489 O uso de inteligência artificialpermitiu à Zazcar, de aluguel de carros que ficam espalhados pela cidade a partir de aplicativos, automatizar o cadastro de novos usuários e zerar as fraudes em seu serviço.

A tecnologia adotada é de outra startup, a idwall. A partir dela, quem quer usar o serviço de aluguel, na hora de se cadastrar, precisa tirar fotos de seu documento, fazer uma “selfie” e informar alguns dados pessoais.

O sistema da startup compara a foto da pessoa no documento com a que ela tirou na hora e analisa bancos de dados públicos, como antecedentes criminais e pontualidade de pagamento em bureaus de crédito, para dar uma nota de risco para cada novo cliente, explica Lincoln Ando, sócio da Idwall.

A partir dessa nota, a ZazCar decide se pode confirmar o cadastro automaticamente ou se serão necessárias mais análises para confirmar a identidade do cliente.

Segundo Guilherme Mosaner, presidente-executivo da ZazCar, o desafio para sua empresa é oferecer ao mesmo tempo um cadastro simples, que não faça o cliente desistir no meio por ser muito extenso, e que também dê segurança para a empresa.

“Precisamos de um cadastro rápido, ao mesmo tempo em que oferecemos algo de muito valor. Uma fraude dá um prejuízo muito grande, de até R$ 50 mil.”

Antes, o cadastro de todos os novos usuários sempre dependia da análise de um profissional da ZazCar que recebia as informações fornecidas pelo cliente. Agora, a maioria deles é feito todo a partir de inteligência artificial.

“Tínhamos várias dificuldades para saber se a pessoa era ela mesma sem gastar muito tempo com isso. E às vezes a demanda aumentava muito. No Natal, recebíamos 10 vezes mais cadastros do que o normal”, diz.

Mosaner conta que, até antes do uso do novo sistema, havia uma perda de entre 1% e 2% da frota de carros ao ano em razão de furtos realizados com o uso de identidades falsas.

Agora, quase um ano após a implantação do sistema, não foi registrada nenhuma fraude, diz Mosaner.

A ZazCar conta com 130 carros, todos na Grande São Paulo.

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Aquecido, setor de tecnologia para segurança chama atenção de startups e governos https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/aquecido-setor-de-tecnologia-para-seguranca-chama-atencao-de-startups-e-governos/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/aquecido-setor-de-tecnologia-para-seguranca-chama-atencao-de-startups-e-governos/#respond Mon, 06 May 2019 14:00:22 +0000 https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/foto.jpg https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1466 O avanço de tecnologias digitais somado ao contexto de alta criminalidade e violência no Brasil manteve o setor de tecnologia para a segurança em crescimento e a procura de inovação, mesmo durante a crise econômica.

O setor cresceu 8% em 2018 e viu seu faturamento superar os R$ 6 bilhões, segundo a Abese, que reúne fabricantes, distribuidores e prestadores de serviço de segurança eletrônica. Para 2019, o avanço esperado é de 10%.

O interesse por produtos que possam auxiliar na segurança pública e privada tem atraído a atenção de grandes empresas e startups, que desenvolvem sistemas de reconhecimento facial, aplicativos para pedir socorro e aumentar a segurança em condomínios.

Selma Migliori, presidente da Abese, afirma que o setor passa por momento de otimismo, com mais de 90% das empresas com planos de oferecer algum produto novo neste ano.

Ela afirma ver interesse especial da parte do setor público, grande cliente potencial para ferramentas do tipo.

Nas eleições de 2018, o tema da segurança pública esteve entre os mais importantes, sendo uma das pautas principais do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Nessa direção, estados e municípios já testam tecnologias que podem adquirir no futuro.

A prefeitura de São Paulo conta, desde o ano passado, com sete drones, obtidos por meio de doação ou após apreensões da Receita Federal, equipados com câmeras e usados em tarefas variadas, como monitoramento de aglomerações e proteção a áreas de mananciais.

O coronel Rogério Vieira Peixoto, coordenador de tecnologia, logística e infraestrutura da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, diz que os drones permitem uma grande redução de custos por serem capazes de substituir helicópteros em muitos casos.

Segundo ele, a secretaria deve publicar em breve edital para a compra de mais 40 drones, para serem distribuídos pelas várias equipes da Guarda Civil Metropolitana, que será treinada para usar os equipamentos.

Para o futuro, Pacheco vislumbra a possibilidade de somar aos drones câmeras de alta precisão e sistemas com inteligência artificial capazes de reconhecer rostos, para ajudar na busca de desaparecidos e foragidos.

Ideia semelhante foi experimentada na cidade do Rio de Janeiro. Durante o Carnaval, foram espalhadas 34 câmeras pelo bairro de Copacabana a partir de projeto-piloto feito em parceria com a empresa de telefonia Oi.

O sistema usava inteligência artificial para reconhecer pessoas que estavam em cadastros de procurados e com mandado de prisão em aberto, segundo o coronel Mauro Fliess, coordenador de comunicação social da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

“Isso, aplicado em larga escala, vai contribuir de maneira substancial para a redução de criminalidade”, afirma.

Segundo ele, caso as informações da pessoa filmada não estivessem nos cadastros monitorados pelo sistema, ele não seria reconhecido.

Fliess diz que, graças aos alertas enviados pelo sistema a uma central de comando da polícia, foi possível prender 10 foragidos.

Ele se diz otimista com os resultados. Ele explica que serão feitos mais testes em diferentes contextos antes de o estado partir para a contratação de serviço do tipo.

O reconhecimento facial também já é adotado para a segurança privada. A empresa Haganá, que oferece serviços como os de vigilância e recepção, lançou no ano passado sistema que aciona catracas para liberar visitantes em prédios com a tecnologia.

Para tornar mais fácil o fornecimento da foto do visitante para o sistema, a companhia também disponibiliza uma assistente virtual que conversa pelo WhatsApp, dá informações e pede que ele tire uma “selfie”, que tem autenticidade verificada por quem fez o convite, conta Chen Gilad, presidente da empresa.

Segundo o executivo, o serviço tem como atrativo, além do aumento da segurança, a maior qualidade de atendimento ao visitante, redução de custos com profissionais.

 

STARTUPS
O setor de startups também já começou a olhar para o mercado de segurança pessoal.

No modelo de negócios criado pela Anjo 55, clientes podem contratar vigilantes para acompanhá-los em suas atividades pagando a partir de R$ 2,75 por minuto.

Fernando Braga, fundador da empresa, diz que, apesar de parecido com o que a Uber faz, existem diferenças nas formas de trabalho.

Em vez de atuar com profissionais autônomos, sua startup faz parcerias com empresas de vigilância já estabelecidas que fornecem os profissionais. O primeiro acordo fechado pela startup, com operação desde outubro, foi com a Gocil.

“Para um serviço desses, você não pode conectar o cliente com uma pessoa qualquer. É preciso que haja um treinamento, profissionais contratados.”

Segundo o empresário, a solicitação dos vigilantes por períodos curtos torna o serviço mais barato e acessível e evita que os clientes exponham muito de suas vidas para os profissionais, o que aconteceria em casos de relações mais longas, segundo ele.

Braga diz acreditar que qualquer pessoa que se sente insegura é uma potencial cliente de seu serviço, mas ele deve ser usado principalmente por quem quer pedir proteção a crianças e cônjuges.

Outra empresa, a Family 24h, propõe que seus clientes possam informar qualquer ocorrência de modo rápido e discreto, a partir de um pequeno botão de pânico que pode ser colocado no bolso desenvolvido pela empresa.

O equipamento usa sinais de celulares que estão por perto para enviar o alerta e a localização de quem o acionou para pessoas pré-cadastradas pelo usuário.

Para que o alerta seja enviado a partir do aparelho de terceiros, é preciso que o celular deles também tenha o aplicativo do Family 24h ou de um parceiro instalado, por isso, a startup busca se aliar com empresas de telecomunicações e serviços populares, explica Marcelo Hayashi, fundador da companhia.

“O grande problema de qualquer ocorrência é que você só consegue avisar as pessoas depois do evento. Queremos mudar isso, para você ter uma ajuda instantânea”, diz.

Entre as situações em que ele pode ser mais útil, segundo o empresário, está a prevenção da violência doméstica contra mulheres.

O botão de pânico é vendido pela empresa por R$ 99 e o usuário paga uma mensalidade de R$ 6,99 para ter acesso a todas as ferramentas do serviço.

Para condomínios, a startup Noknox criou sistema de comunicação entre moradores e porteiros que usa aplicativos no lugar de interfones.

Em vez de receber chamadas, os moradores passam a ver no aplicativo fotos da pessoa que deseja entrar. Dessa forma, segundo Venâncio, correm menos risco de autorizarem uma pessoa que se identifica com nome falso na entrada do prédio por engano, ou de um empregado deixar alguém que não tem autorização do morador subir.

Segundo Venancio, caso o índice de armamento aumente, devido à flexibilização da posse de armas definida pelo governo neste ano, sua solução será ainda mais importante, por evitar que conflitos aconteçam.

“Acreditamos que com esse movimento das pessoas se protegendo, aumenta a quantidade de possíveis sinistros e a prevenção pode ser ainda mais importante.”

Para os condomínios, a instalação do serviço é gratuita. Cada residência tem direito a usar o aplicativo em um aparelho e, para ter contas adicionais, paga anualidade de R$ 33. A startup é usada em cerca de 100 endereços.

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Escritório compartilhado reúne 50 negócios sociais e ONGs em São Paulo https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2018/07/07/escritorio-compartilhado-reune-50-negocios-sociais-e-ongs-em-sao-paulo/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2018/07/07/escritorio-compartilhado-reune-50-negocios-sociais-e-ongs-em-sao-paulo/#respond Sat, 07 Jul 2018 05:00:13 +0000 https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Recepção-Civi-co-com-Ricardo-Podval-320x213.jpg http://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1284 Um prédio de cinco andares no bairro de Pinheiros, em São Paulo, reuniu em seis meses 50 empresas que buscam gerar impacto social e ONGs para que trabalhem lado a lado.

Chamado Civi-co, o escritório compartilhado (ou coworking) segue exemplo de outros espaços que foram criados nos últimos anos para juntar novas empresas de um mesmo setor, em especial o de tecnologia.

Entre eles estão o Cubo (mantido pelo Itaú e pelo fundo Redpoint eVentures), o InovaBra (Bradesco) e o Campus (Google).

A principal diferença é que, para ser aceita no Civi-co, a organização passa por entrevistas nas quais é avaliado, além do plano de negócios, o potencial de gerar benefícios para a sociedade. No futuro, os usuários do espaço também vão avaliar os novos candidatos, diz Ricardo Podval, sócio do empreendimento.

O local foi aberto em novembro com oito empresas. Agora, 180 pessoas usam as mesas de trabalho e já há mais de 90% de ocupação.

Algumas das organizações que mantém profissionais lá são o Instituto Quintessa (aceleradora de negócios de impacto), a Sustainable Brands (consultoria de inovação em sustentabilidade), a Transparência Internacional (entidade dedicada ào combate à corrupção), e a Rededots (comércio justo) além de negócios da área de educação e comunicação.

O sócio do Civi-co Ricardo Podval na recepção do escritório compartilhado (divulgação)

Segundo Podval, reunir em um mesmo local empresas e ONGs com objetivos em comum favorece o trabalho em conjunto, permite que uma organização sirva de referência para a outra e dá visibilidade para todo o setor.

“A maioria desses empreendedores estavam trabalhando em casa ou em escritório pequeno, isolados.”

Podval, que morou oito anos na China antes de abrir o escritório, diz ter visto o Brasil piorar no período e se incomodar com questões como a grande desigualdade de renda no país. Afirma ver nos negócios sociais uma alternativa para enfrentar esse desafio.

“A área pública, por si só, não resolveu nem vai resolver sozinha as questões do país. É preciso que aconteça engajamento dos cidadãos e das empresas para mudar o Brasil.”

Para o futuro, ele quer atrair profissionais de grandes empresas para que usem o espaço alguns dias da semana e, assim, conheçam mais sobre empresas de impacto social e façam negócios ali. Também espera desenvolver iniciativas para formar empreendedores e promover intercâmbio entre pessoas de diferentes regiões.

O uso de cada posição de trabalho no Civi-co custa a partir de R$ 950 ao mês.

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Empresas e funcionários apostam em home office, revezamento e hospedagem com parentes durante paralisações https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2018/06/03/empresas-e-funcionarios-apostam-em-home-office-revezamento-e-hospedagem-com-parentes-durante-paralisacoes/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2018/06/03/empresas-e-funcionarios-apostam-em-home-office-revezamento-e-hospedagem-com-parentes-durante-paralisacoes/#respond Sun, 03 Jun 2018 16:25:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1264 A escassez de combustível e as restrições ao transporte público levaram empresas e funcionários a apelar para hospedagem na casa de parentes, mudança de turno e trabalho à distância para que os negócios não parassem durante a última semana, de paralisações nas estradas.

Porém as dificuldades de deslocamento levaram ao cancelamento de muitas reuniões programadas para os últimos dias, segundo empreendedores.

Igor da Silva, 20, estagiário da empresa de tecnologia A² BI,  conta que viaja diariamente de São Vicente (SP) para são Paulo de caronas, usando o aplicativo BlaBlaCar para encontrar motorista que faz o mesmo caminho.

No dia 25, uma sexta-feira, ele percebeu que as opções no app minguavam, pois os motoristas estavam ficando sem combustível. Em vez de 20 opções, havia apenas 2, conta.

Para não deixar de trabalhar, ele fez as malas na segunda (28) para passar a semana na casa da irmã, que mora na capital paulista. Isso só foi possível porque sua faculdade cancelou as aulas em consequência da greve. “Caso os problemas continuem, vou precisar voltar para casa e trabalhar em ‘home office'”, diz.

A opção de trabalhar de casa foi adotada por 30% dos cerca de 250 funcionários da matriz da desenvolvedora de sistema de gestão Mega Sistemas, que fica em Itu (SP), conta o diretor da companhia José Carlos Silva Júnior.

Na terça (30), a empresa decidiu que, na sexta-feira, todos os funcionários da unidade vão trabalhar de casa. Isso porque a empresa não vinha recebendo gás de cozinha e não teria como abrir o refeitório no dia, diz Júnior.

Segundo ele, como a empresa é do ramo de tecnologia, é possível manter a maioria das atividades desse modo. Porém, como clientes passaram por dificuldades causadas pela greve, muitas reuniões e visitas para atendimento agendadas foram canceladas.
Para Eduardo LHotellier,
sócio da startup de contratação de prestadores de serviços GetNinjas, diz que a empresa é liberal em relação ao trabalho em casa, mas que sua adoção disseminada, como aconteceu na semana, terça, afeta a produtividade.

“Uma ligação é pior do que uma reunião ao vivo. Uma coisa que você leva cinco minutos para explicar quando está com a pessoa gasta 10 para explicar por email”, diz.

Na terça, cerca de um terço dos 100 funcionários da empresa trabalharam de casa.

Homero Romão Filho, diretor de tecnologia da Netfarma, de comércio eletrônico, chama as ações da empresa para manter seu funcionamento na semana de paralisações de ação de guerra.

Para permitir que parte da equipe trabalhasse de casa, a empresa passou a permitir acessos remotos ao sistema da companhia, o que não era permitido.

A empresa também organizou um revezamento na área de atendimento ao cliente, que não poderia ser mantida remotamente, dividindo os profissionais que conseguiriam chegar em turnos que não deixassem a área com poucos profissionais em nenhum momento, explica.

Valéria Mancini, 35, gestora comercial da startup Epicom, de tecnologia para o comércio eletrônico, diz ter optado pelo trabalho de casa para guardar a gasolina que ainda tinha para emergências, como uma reunião de última hora com cliente.

Como cada profissional da empresa já trabalha diariamente com seu próprio notebook, todos os arquivos e programas que era necessários para o trabalho estava disponível para ela durante o dia, diz.

“Para trabalhar, só preciso da minha internet, do meu celular e do meu espaço.”

Porém nenhum cliente quis agendar nada durante a semana: “Estão todos desmarcando tudo. Até a dentista não conseguiu ir até o consultório.”

 

Eduardo L’ Hotellier, presidente da startup GetNinjas (06.02.2014 – Fernando Pastorelli / Folhapress)
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Rede de coworking quer gerar conexão e negócio entre usuários https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2017/10/09/rede-de-coworking-quer-gerar-conexao-e-negocio-entre-usuarios/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2017/10/09/rede-de-coworking-quer-gerar-conexao-e-negocio-entre-usuarios/#respond Mon, 09 Oct 2017 05:00:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=1010 Criada em 2010, a empresa americana WeWork vem sendo considerada a terceira start-up mais valiosa dos EUA, atrás de Uber e Airbnb.

Com valor estimado em US$ 20 bilhões (recebeu investimentos de US$ 4,4 bilhões do grupo japonês Softbank em agosto), a empresa não tem um apelo tecnológico tão direto quanto as outras com quem divide o pódio.

A WeWork possui uma rede de escritórios compartilhados que já se espalhou por 16 países, com 163 espaços.

Os dois primeiros no Brasil foram abertos em São Paulo neste ano, na avenida Paulista e na avenida Faria Lima.

A empresa planeja mais quatro inaugurações ainda em 2017. Estão previstos mais dois escritórios em São Paulo e dois no Rio de Janeiro.

A rede tem 160 mil usuários de seus espaços, 2.000 deles aqui no Brasil.

 

 

Pato Fuks, diretor da WeWork para a América Latina (divulgação)

Segundo o argentino Pato Fuks, 44, diretor da empresa para a América Latina, o WeWork se diferencia de outros escritórios ao apostar ser, além de um lugar de trabalho acessível e de contratação sem burocracia, um espaço onde são geradas conexões.

O lado tecnológico da companhia aparece no aplicativo da empresa, que tem esse fim. Ele funciona como rede social entre os membros dos escritórios, tem ferramentas para negócios entre eles e permite agendamento on-line, para quem quer trabalhar em um escritório da empresa diferente do seu habitual.

O WeWork não é só para start-ups, apesar de elas serem presença frequente ali. Segundo Fuks, 20% dos membros do WeWork são de grandes empresas, interessadas em se aproximar do ambiente de conexões geradas ali.

“Trabalhamos para que você conheça seus vizinhos, que podem se tornar seus próximos parceiros de negócios e até na vida.

A interação é estimulada, por exemplo, em um mini-bar com cerveja e café de graça e eventos, marcados tanto pelos membros como também pela própria empresa.

Fuks diz acreditar que o interesse por espaços de trabalho como o WeWork é reflexo do avanço no mercado de uma geração que busca satisfação e significado na vida profissional.

Ele afirma que o alto valor da companhia não é reflexo do design de seus escritórios nem de seu aplicativo, facilmente imitáveis.

Para ele, o mais importante é a capacidade de aproximar pessoas, coisa que grandes empresas de tecnologia fazem, e ter uma missão. No caso, melhorar a relação que se tem com o trabalho.

Segundo Fuks, o contexto econômico do Brasil, de início de recuperação, se mostrou ideal para a empresa. Isso porque há, de um lado, a oferta de espaços vazios com preços atraentes, e de outro, a alta demanda para uso do escritório compartilhado.

O uso de uma mesa de trabalho na WeWork custa a partir de R$ 800 por mês.

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Conheça bastidores do programa de aceleração de start-ups do Google no ‘Vale do Silício’ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2017/04/24/conheca-bastidores-do-programa-de-aceleracao-de-start-ups-de-paises-emergentes-no-google-no-vale-do-silicio/ https://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/2017/04/24/conheca-bastidores-do-programa-de-aceleracao-de-start-ups-de-paises-emergentes-no-google-no-vale-do-silicio/#respond Mon, 24 Apr 2017 13:10:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://planodenegocios.blogfolha.uol.com.br/?p=637 Tudo acontece em um escritório amplo no centro financeiro de San Francisco (EUA), no qual grupos de fundadores de 31 start-ups ocupam a sala principal de um dos andares, cada empresa com sua mesa, para um dia cheio de reuniões.

Na maior parte do tempo, os empreendedores não precisam sair do lugar, em geral eles apenas esperam até que alguém se aproxime de sua mesa para o início da próxima reunião.

O cronograma é rígido. O nome de quem será o próximo a conversar com cada grupo de empreendedores e o horário de cada uma dessas discussões fica sempre visível em um monitor no canto da sala.

“Vocês já tentaram criar uma ferramenta de interação entre usuários? Pensam em novos serviços para os clientes?” são algumas das muitas perguntas feitas por Brett Bouchard, quando chega sua vez de conversar com Fernando Gadotti e Nelson Haraguchi, da brasileira DogHero.

A start-up criou uma plataforma na internet que permite que usuários que vão viajar hospedem seus cachorros na casa de outros clientes da companhia. Com 28 funcionários, possui 10 mil pessoas cadastradas para receber animais de estimação a partir do serviço.

As perguntas de Bouchard, um especialista do Google em aplicativos, tinha como objetivo ajudá-los a descobrir uma forma de fazer com que os clientes da DogHero se tornassem mais fiéis a ela, meta apontado pelos próprios empreendedores durante conversa presenciada pela reportagem.

Ele é um dos mais de 150 mentores, de 21 países, convidados pelo Google para participar das duas semanas de trabalho intensivo do programa de aceleração de novas empresas Google LaunchpadAccelerator, dedicado a companhias de mercados emergentes e atualmente em sua terceira edição.

Empreendedores durante a semana de atividades em San Francisco (EUA) do programa de aceleração do Google (divulgação)

Os aconselhamentos de especialistas para empreendedores em ascensão são a principal ferramenta da companhia para acelerar o desenvolviemnto dos projetos das empresas apoiadas.

Entre os que dividem suas experiências com os novos empreendedores executivos do próprio Google, de outras empresas de tecnologia (como Uber, Airbnb e Intel) e empreendedores experientes. A participação deles no programa é voluntária.

 

 

 

Para a edição mais recente, ocorrida entre janeiro e fevereiro deste ano, foram selecionadas 31 empresas de nove países (Brasil, Colômbia, Argentina, México, Cingapura, Vietnã, Índia, Filipinas e Indonésia).

Há desde serviço criado no Vietnã que usa inteligência artificial para quem quer melhorar a pronúncia no inglês até aplicativo desenvolvido no México que identifica a presença do vírus HIV no sangue.

Segundo o israelense Roy Glasberg, líder global do programa de aceleração do Google, os mercados escolhidos juntam grande potencial de crescimento, de um lado, e desafios para novas empresas, de outro.

Entre as barreiras para que grandes companhias de internet floresçam nesses mercados ele aponta dificuldade para obter capital, falta de histórias de sucesso que motivem empreendedores e alta burocracia.

“Estamos construindo algo que funciona como uma faculdade. As start-ups compartilham suas experiências aqui e oferecemos as nossas a elas, para que levem as melhores práticas para suas regiões.”

Segundo ele, as 45 empresas que participaram das primeiras edições do Launchpad Accelerator (ambas em 2015) levantaram US$ 80 milhões após o programa.

INVESTIMENTOS

Além de ter a viagem paga pela companhia norte-americana, os empreendedores também recebem US$ 50 mil para investir em seus negócios. Esse tipo de investimento é comum em programas de aceleração de start-ups.

Após as duas semanas nos EUA, elas são acompanhadas por mais seis meses pelo Google em seus mercados, tendo acesso a mais conselheiros indicados pela companhia.

O que é diferente do que acontece ma maioria dos demais programas de aceleração é que as start-ups apoiadas não cedem participação acionária ao Google.

E o que o Google ganha com isso?

Entre os objetivos apontados por executivos da empresa estão aumentar o conhecimento sobre particularidades dos negócios nesses mercados em expansão e fomentar a inovação nessas regiões —o que levaria indiretamente a um maior uso de produtos do próprio Google para empresas.

De fato, os empreendedores participantes do programa recebem créditos para serem usados em produtos do Google e assistem palestras sobre ferramentas em áreas como inteligência artificial e computação em nuvem que a companhia

Mas empreendedores ouvidos pela Folha garantem que não há qualquer obrigação de uso de qualquer produto.

“Não há esforço de vendas pelo Google nem compromisso de que a gente tenha que usar ferramentas dele”, afirma Andre Penha, sócio da start-up QuintoAndar, que possui plataforma para locação de imóveis a partir da internet.

Penha exemplifica dizendo que sua empresa usa serviços de computação em nuvem da Amazon e, por enquanto, não vê razão para mudar de fornecedor desse serviço, mesmo tendo recebidos créditos do Google.

SELEÇÃO

Para chegar às start-ups que foram até San francisco, o Google analisou mais de 1.200 projetos.

São esperados negócios que já demonstrem algum grau de maturidade (tenham conseguido ao redor de US$ 5 milhões de investimento, tenham 5 milhões de usuários ou um produto com capacidade de manter clientes ativos, por exemplo).

As inscrições para a quarta edição terminam nesta segunda-feira. Pela primeira vez, a seleção incluirá países da África (Quênia, Nigéria e África do Sul) e Europa (Polônia, República Checa e Hungria).

* A reportagem viajou a San Francisco a convite do Google

START-UPS EMERGENTES

Conheça alguns dos projetos apoiados

 

Portal Telemedicina
País: Brasil
O que faz: Plataforma que permite envio on-line de exames em clínicas pequenas ou de regiões remotas para receberem laudos de médicos especialistas
Mercado: 200 clínicas clientes no Brasil e 23 médicos parceiros
O que busca: Definir plano para expansão internacional

Nuvem Shop
País: Argentina
O que faz: Criação de sites e lojas virtuais para pequenas e médias empresas
Mercado: 400 mil lojas na América Latina, metade delas no Brasil
O que busca: Aprimorar o produto permitindo diferentes formas de uso de acordo com perfil do cliente

Qlue
País: Indonésia
O que faz: Aplicativo para que cidadãos informem a administração pública de problemas na cidade
Mercado: Funciona em seis cidades da Indonésia, com 800 mil usuários
O que busca: Aprimorar suas as formas de usar os dados obtidos nas interações com usuários

Unima
País: México
O que faz: Desenvolveu teste para identificar o vírus HIV a partir de um pedaço de papel com molécula modificada, um aplicativo que tira fotos e uma gota de sangue do paciente
Mercado: Em testes clínicos, deve ser lançado neste ano em mercados da América Latina e África
O que busca: Conhecer ferramentas tecnológicas, como inteligência artificial, para melhorar a eficiência do negócio

 

 

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