A start-up Evnts, especializada em reservas de hotéis pela internet, aposta em crescer explorando uma brecha deixada pelas grandes empresas do setor (como Booking, Hotel Urbano e Hoteis.com).

Em vez de concentrar suas vendas em turistas comuns, a empresa, fundada em março de 2015, especializou-se no atendimento a grandes eventos e a grupos de viajantes.

A companhia cria seções dentro do site de eventos parceiros nas quais indica os melhores hotéis próximos a eles e seus preços.

Não há custo para os eventos que adotam a tecnologia. A empresa lucra a partir de uma comissão de 10% cobrada por reserva fechada a partir dessas páginas, diz Alexandre Rodrigues, 27, fundador e presidente da empresa.

“Até então, era normal o cliente clicar na página de hotéis no site de um evento e receber o telefone da agência para a qual deveria ligar para conseguir indicações de hospedagem. O que fazemos é simplificar esse processo”, diz.

Segundo Rodrigues, sua empresa participou de 150 eventos, incluindo atividades de áreas como tecnologia (Campus Party e Brasil Game Show), medicina e educação.

DESCONTOS

Outra oferta da empresa é direcionada a grupos de viajantes que irão ocupar, ao menos, nove quartos.

Nesses casos, a Evnts faz negociações com hotéis, buscando obter descontos dos que se dispõe a receber todos os hóspedes.

Rodrigues conta que, durante as Olimpíadas, a Evnts fez nove reservas do tipo para grupos que iam para a cidade do Rio de Janeiro.

Ele diz que foi possível diminuir os preços da hospedagem para quem viajou usando o serviço da empresa. Mas, mesmo assim, os clientes pagaram caro, diz.

“Um hotel que, antes dos jogos,  custava R$ 200 está cobrando R$ por 900. E, mesmo assim, foi bem mais difícil achar local com espaço disponível. Conseguimos descontos de até 20%. Mas, mesmo com ele, o preço ainda foi muito maior do que em outras épocas.”

A start-up fez cerca de 2.500 reservas desde o início de suas operações.

Atualmente com cinco funcionários, a Evnts levantou R$ 230 mil em investimentos, incluindo recursos que vieram de investidor-anjo (pessoa física que investe em start-up) e da Oxigênio, aceleradora de negócios iniciantes da Porto Seguro, na qual a companhia foi aprovada neste ano.