Empresas do Cubo, prédio para start-ups criado pelo Itaú, obtêm R$ 42 mi em investimento

Filipe Oliveira

O Cubo, prédio criado há um ano pelo banco Itaú e pelo fundo de investimento Redpoint eventures para abrigar start-ups e eventos de empreendedorismo em São Paulo, registrou R$ 42 milhões em investimentos recebidos pelas 58 empresas que montaram seus escritórios ali.

Durante o período, o espaço recebeu mais de 780 eventos que, juntos, levaram ao local mais de 30 mil pessoas.

Esses são alguns dados que foram divulgados na última quarta-feira (19) em evento que comemorou o aniversário do espaço.

Flávio Pripas, diretor do Cubo, atribui o volume de recursos obtidos pelas empresas residentes ao fato de elas terem passado por processo de seleção que buscou iniciativas maduras para receber injeções de capital. Ao todo, quase 700 empresas foram analisadas, diz.

As selecionadas foram aquelas que tinham um produto já funcionando no mercado, que resolvesse problema relevante e com possibilidade de ganhar escala, diz.

Além disso, a concentração de start-ups criou a possibilidade de maior relacionamento com o mercado, inclusive com investidores e executivos que frequentam o local, elevando as possibilidades de negócios, avalia Pripas.

Ele afirma que a principal função do local é ser um ponto de encontro, para quem quiser se aproximar do empreendedorismo.
Diariamente, passam pelo Cubo 600 pessoas, 250 delas funcionários das start-ups.

ENTRADA

Não há um processo formal de seleção, ela depende principalmente de indicações. No momento, não há vagas para novas empresas, afirma Pripas.

As companhias residentes no Cubo pagam aluguel pelo uso dos escritórios compartilhados. Ao contrário do que acontece em muitas iniciativas de empresas que se aproximam de start-ups, elas não recebem investimento nem cedem participação acionária para estarem ali.

Pripas afirma que essa foi uma estratégia adotada para garantir que não haveria barreira para boas empresas com interesse em estar no local. Caso houvesse muitas exigências, aconteceria uma seleção adversa e menos empresas qualificadas apareceriam, diz.

APROXIMAÇÃO

Ricardo Guerra, diretor executivo de tecnologia do itaú, afirma que, mais importante do que oportunidades de negócios para o banco geradas pelas start-ups que estão no Cubo, a empresa se beneficia da proximidade delas ao aprender com sua forma de trabalho.

Ele afirma que o banco vem incentivando funcionários a visitar o espaço e conversar com os empreendedores para assimilar suas cultura e formas de trabalho.

“Se não entendermos as mudanças que estão acontecendo, as novas formas de trabalhar e de prestar serviço para o cliente, vamos ficar para trás.”

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