Brasil é 8º maior mercado em investimento em start-ups de finanças, aponta estudo

Filipe Oliveira

O Brasil foi o país que registrou o 8º maior volume de investimentos em fintechs (empresas iniciantes de tecnologia do setor financeiro) em 2016.

Foram US$ 161 (cerca de R$ 515 milhões) em valores movimentados no ano, acima de mercados como Austrália (US$ 91 milhões) e Japão US$ 87 milhões.

O valor movimentado se aproxima do registrado em Israel, país conhecido por concentrar start-ups de sucesso, que registrou US$ 173 milhões.

Porém o volume ainda está longe do registrado na China (US$ 7,7 bilhões), nos Estados Unidos (US$ 6,2 bilhões) e Reino Unido (US$ 783 milhões), países que encabeçam a lista como mercados mais aquecidos.

Os resultados fazem parte de relatório da Global FinTech Hubs Federation, federação internacional que reúne associações de apoio a start-ups, feito pela consultoria Deloitte.

O estudo, em sua segunda edição, mapeou 44 cidades consideradas polos de desenvolvimento para fintechs, seus pontos fortes e fracos e estágio do mercado,  a partir de entrevistas com associações do setor de cada país.

São Paulo foi incluída pela primeira vez neste ano após a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) passar a integrar a federação internacional neste ano.

Na avaliação da cidade, a federação internacional considerou boas a cultura de inovação, a proximidade com clientes e com talentos que as empresas têm na cidade.

Por outro lado, apontou como regular o suporte governamental, a regulação e a presença de empresas internacionais do setor no país.

Bruno Diniz, diretor do comitê de fintechs da Abstartups, elenca como pontos fortes do mercado brasileiro para esse tipo de empresa o tamanho do mercado e um sistema bancário  que, por ter muita concentração, possui ineficiências a serem exploradas por novas empresas.

Diniz estima que existam cerca de 220 iniciativas que possam ser consideradas fintechs no Brasil.

Por outro lado, explica que o grande volume de investimentos foi puxado por três principais companhias: Nubank (de cartões de crédito vinculados a aplicativo), GuiaBolso (de app para controle de gastos) e Creditas (antiga BankFácil, de empréstimos on-line).

Em dezembro, o Nubank anunciou ter recebido investimento de US$ 80 milhões do fundo DST Global.

RANKING

Veja países que se destacaram em 2016.

1) China US$ 7,7 bilhões
2) Estados Unidos U$$ 6.2 bilhões
3) Reino Unido US$ 783 milhões
4) Germany US$384 milhões
5) Índia US$ $272 milhões
6) Canadá US$183 milhões
7) Israel US$ 173 milhões
8) Brasil US$161 milhões
9) Austrália US$ 91 milhões
10 Japão US$ 87 milhóes

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