Novo rival do Uber, aplicativo de transporte Yet Go aposta em cidades pequenas e médias
Enquanto Uber, 99, Easy e Cabify duelam para ver quem fica com a liderança no mercado de transporte de aplicativos na cidade de São Paulo, a brasileira Yet Go decidiu chegar a capital paulista apenas depois de encontrar seu espaço avançando pelas beiradas.
Evitando as praças mais concorridas, a empresa, aberta em novembro do ano passado, tem seu público principal no Norte e no Nordeste, em cidades de pequeno e médio porte, com pelo menos 100 mil habitantes.
Segundo seus sócios, a companhia já atua em 120 municípios brasileiros, entre eles Manaus, Belém, Teresina, Cuiabá e Feira de Santana (BA).
No total, o serviço tem 42 mil motoristas cadastrados, dizem os empreendedores.
As origens da empresa já apontam para uma abrangência diversificada. A companhia nasceu em Belém, fundada por Alberto Souza Junior, e tem como sócio um industrial da cidade de Novo Hamburgo (RS), Roberto Carlos Pereira, que tem empresa na área de componentes para calçados.
Segundo Souza Junior, as cidades em que o aplicativo vem se destacando não despertam muito interesse das maiores empresas do setor, pois nelas são feitas diariamente muito menos corridas do que em grandes metrópoles.
Por outro lado, o investimento que a start-up faz para iniciar operações pequenas pode dar retorno no longo prazo, diz.
“Há um custo para se instalar em cada cidade. É preciso ter uma equipe local, atrair motoristas. É possível ter uma receita boa depois de pelo menos seis meses.”
Pereira afirma que os sócios investiram US$ $ 3 milhões (cerca de R$ 10 milhões) no projeto. No momento, negociam novas injeções de capital para acelerar o desenvolvimento da empresa. Hoje a start-up tem 80 funcionários, diz.
Os sócios afirmam estar cadastrando motoristas para também avançar na capital paulista a partir das próximas semanas, apesar de a cidade não ser o mercado principal da companhia, é importante fincar uma bandeira ali, diz Pereira.
Como diferenciais, prometem uma taxa de serviço menor para o motorista (de 10%, em vez dos 25% cobrados pela Uber) e preço menor do que a das concorrentes e sempre igual, não importando se há aumento de demanda.
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