Criado por brasileiros, app de paqueras em eventos levanta R$ 1 milhão em investimento

Filipe Oliveira

Os aplicativos de paquera, em especial o Tinder, facilitaram a vida de quem busca uma companhia. Mas os empreendedores Guilherme Ebisui, 25, e Filipe Santos, 24, acreditam que é possível tornar as coisas ainda mais simples.

Colegas formados no curso de marketing da USP, eles criaram há um ano o Poppin, app que permite “matches” (quando duas pessoas demonstram interesse mútuo) apenas entre quem vai participar de um mesmo evento.

A ideia é que, em vez de ter de se preocupar com marcar encontro e ainda correr o risco de não gostar da pessoa e ter de seguir com ela por várias horas, o usuário encontre várias pessoas interessantes com quem já combinou de conversar antes, sem muito compromisso. E, caso não haja química, simplesmente diga que vai ao banheiro e volte a curtir a festa com os amigos.

“Quando você vai marcar encontro com alguém que conheceu por aplicativo, isso exige muito compromisso. Quando chega no encontro, ficam  lá só você e a pessoa. Caso você se arrependa, não tem muito por onde sair”, diz Ebisui.

Além disso, não é preciso olhar na agenda para marcar encontros, já que todos os “matches” estarão no evento de qualquer modo, diz.

Filipe Santos (a esq.) e Guilherme Ebisui, cofundadores do Poppin (divulgação)

O negócio já atraiu 200 mil usuários, segundo a empresa. Também levantou sua primeira rodada de investimento, de R$ 1 milhão, de recursos injetados principalmente por investidores-anjo (pessoas físicas que apostam em start-ups).

Ebisui  conta que foram feitos poucos investimentos em marketing para impulsionar o aplicativo. A divulgação aconteceu, principalmente, a partir de parcerias com agências que realizam festas.

Elas se interessaram por apresentar o serviço aos frequentadores por ser uma forma de aumentar o engajamento deles com o evento antes de seu acontecimento, ou seja, promover o “esquenta” para a festa virtualmente, diz Ebisui.

Todos os eventos públicos cadastrados no Facebook ficam disponíveis para os usuários do app.

Por enquanto, o serviço é gratuito para todos. Santos explica que, conforme o serviço cresça, buscará acrescentar produtos adicionais para usuários pagantes e abrir espaço para marcas fazerem anúncios.

O Poppin é apoiado pela ACE, aceleradora de start-ups paulistana. Atualmente a equipe da empresa é de 12 pessoas.

A start-up pretende usar parte dos recursos levantados com investidores para internacionalizar o negócio. Irá buscar primeiro mercados onde tanto apps de paquera como também festas são importantes.

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