Startup de fretamento de ônibus tem estreia barrada por liminar
O primeiro dia de atividades da startup Buser, que conecta interessados em fretar ônibus pela internet, começou com uma liminar impedindo as três primeiras viagens do serviço que partiriam de Belo Horizonte , afetando 136 passageiros..
A ação foi movida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do estado de Minas Gerais.
O argumento do sindicato para solicitar a proibição, aceito pela Justiça, é de que o site estaria fazendo vendas ilegais de passagens com itinerário e preços fixos.,A atividade iria contra as regras do transporte de pessoas mineiro, que define que tal serviço só pode ser feito por empresas autorizadas.
A companhia entrou com recursos na primeira e na segunda instância da Justiça mineira, mas não conseguiu reverter a decisão que impedia sua operação em tempo.
Marcelo Abritta, sócio da empresa, diz que sua companhia não vende passagens. Em vez disso, ela ajuda interessados em viajar em determinada data a criar grupos e, com auxílio da empresa, encontrar fornecedor para o transporte e obtenham as documentações necessárias. “Organizamos a vaquinha”, diz.
O preço das passagens depende do valor cobrado pela empresa que fará a viagem e do número de passageiros. As viagens só acontecem quando a divisão dos custos faz ela ser mais barata com a Buser do que se fosse comprada na rodoviária.
A startup tem como meta lucrar a partir de um percentual cobrado sobre o que é pago pelos viajantes.
Marcelo diz que, além de seguir argumentando na justiça, deve concentrar as operações da empresa em outros estados, nos quais a proibição não se aplica.
Ele afirma que sua companhia tem como objetivo dar mais opções aos passageiros que, atualmente, costumam encontrar apenas uma ou duas empresas fazendo cada rota.
O Buser pediu aos passageiros que fossem à rodoviária, comprassem passagens de ida e volta e, depois, enviassem comprovante da compra para serem reembolsados. Também haverá funcionário da empresa com cartão de crédito comprando passagens para quem não estiver com dinheiro.
A Buser é investida pelos fundos Canary, Yellow Ventures e Fundação Estudar Alumni Partners. Entre os sócios dessas firmas estão fundadores de empresas como Peixe Urbano e iFood.
A reportagem tentou entrar em contato com o sindicato, mas foi informada que só seria possível conversar com representante na próxima segunda-feira.
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