Nova rede de franquias troca lixo reciclável por produtos

Rodrigo Jobim Roessler, 45, acredita que a ampliação da reciclagem depende da escolha dos incentivos corretos para motivar mais consumidores.

Ele criou neste ano a rede de franquias Molécoola, que pretende levar consumidores a trocar seu lixo por pontos de um programa de fidelidade que dá direito a produtos variados.

As lojas são montadas em contâiners e equipadas com balanças e uma prensa. Um atendente, geralmente o próprio franqueado, fica responsável por avaliar se o lixo levado pelo consumidor é apropriado para reciclagem —eles não recebem material orgânico.

“Pensamos em fazer algo mais automatizado, mas vimos que precisaríamos de alguém para ser a interface com o consumidor e ajudar na educação dele. Muitos ainda conhecem pouco sobre reciclagem”, diz.

Segundo Rodrigo, uma família, caso traga todo o seu lixo para a loja, geralmente consegue de 300 a 500 pontos por mês.

 

Rodrigo Jobim Roessler (esq.), e Rogério Buhrer, diretores da Molécoola (divulgação)

 

É possível fazer trocas com a partir de 60 pontos, que dão direito a um sabonete. Um fone de ouvido custa  200 pontos e um cabo para celular 250 pontos.

A companhia possui aplicativo que indica onde estão os pontos de coleta de lixo reciclável, armazena os pontos e indica quantos são necessários para obter produtos.

A rede conta com duas lojas abertas em São Paulo, uma no Parque Burle Marx e outra no coworking Impact Hub. Outras três devem ser abertas neste mês e a previsão é terminar 2019 com 80.

Rodrigo conta querer levar a rede para locais de acesso fácil, como shoppings, supermercados, postos de gasolina e condomínios.

Também espera que membros de cooperativas de catadores sejam franqueados da rede. O investimento para iniciar uma unidade é de R$ 50 mil e ele diz que apoiará interessados em obter linhas crédito para começar a operação.