Investimento anjo tem primeira queda no Brasil desde 2010
O investimento de pessoas físicas em startups, conhecido no mercado como investimento anjo, recuou pela primeira vez desde 2010, quando esse mercado começou a ser monitorado, segundo a Anjos do Brasil, principal organização do setor.
Foram investidos R$ 979 milhões em 2018, 0,4% a menos do que em 2017. em relação ao ano passado
Por outro lado, a organização apontou que o número de investidores cresceu 1,8%, chegando a 7750.
A expectativa da Anjos do Brasil é que o número de pessoas investindo no mercado cresça 5% em 2019.
Em nota, Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil, afirma que a queda aconteceu no grupo de investidores que não buscam proativamente oportunidades de negócios em startups —investem apenas em mercados que já conhecem ou quando recebem uma oportunidade. No grupo dos que atuam ativamente, houve crescimento.
Também aponta que mais pessoas com patrimônio superior a R$ 1 milhão têm investido fora do Brasil, o que desacelerou o mercado.
Ele afirma que é urgente que o Brasil adote políticas que incentivem o investimento em startups, a partir de instrumentos como isenção fiscais para os ganhos do investidor e possibilidade de deduzir o que é aplicado em companhias de tecnologia no Imposto de Renda.
Ele diz acreditar que, com o crescimento das empresas investidas, a arrecadação do governo aumentaria mesmo adotando a medida sugerida.